A pesquisa - situada na linha de pesquisa da história da ciência - procura analisar as representações eugênicas presentes nos filmes O triunfo da vontade (Alemanha, 1935) e Olympia (Alemanha, 1938), ambos da cineasta, Leni Riefenstahl. O termo eugenia, criado por Francis Galton, no final do século XIX, tem como conceito o controle social sob os agentes que podem melhorar, ou não, as qualidades raciais das gerações futuras. Esse controle poderia partir de duas maneiras, positiva e negativamente, onde a primeira defendia o estímulo para a união de casais “bons”, para os padrões raciais da época, enquanto, no extremo, a eugenia negativa propunha não deixar que as raças inferiores contaminassem as boas raças e, portanto, deveriam ser eliminadas. Apropriando-se dessa ciência, o nazismo disseminava sua ideologia racista através dos meios de comunicação disponíveis ao regime de Adolf Hitler. Um deles foi o cinema, que segundo o ministro da propaganda do III Reich, Joseph Goebbels, era um dos meios mais modernos e científicos de influenciar as massas. O presente estudo pretende, através de uma análise fílmica, estudar como a eugenia nazista está representada nas cenas desses dois filmes que promoveram o nazismo nos anos 30 e 40 do século XX.

 

Palavras chave: Eugenia, Cinema, Nazismo